Presidente do banco de desenvolvimento deve ir à comissão no dia 20.
Por se tratar de convite, ele não é obrigado a comparecer ao colegiado.
A CPI do BNDES aprovou nesta terça-feira (11) convite para o presidente do
banco de desenvolvimento federal, Luciano Coutinho, ir à comissão no dia 20
falar sobre as operações da instituição financeira. Por se tratar de um
convite, o dirigente do BNDES não é obrigado a comparecer ao Legislativo.
Coutinho será a primeira pessoa a ser ouvida pela CPI instalada na última
quinta (6). A comissão de inquérito pretende investigar os financiamentos
concedidos pelo BNDES, entre 2003 e 2015, a empresas investigadas pela Operção
Lava Jato e a países africanos e latino-americanos. A criação da CPI foi
autorizada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no mesmo dia em
que ele anunciou seu rompimento oficial com o governo federal.
De autoria do deputado Miguel Haddad (PSDB-SP), o convite ao presidente do
BNDES foi aprovado por unanimidade pelos integrantes da CPI. Para Haddad, seria
um "termômetro importante" para direcionar os trabalhos do colegiado
ouvir primeiramente o presidente do banco.
Em meio à sessão desta terça-feira, alguns deputados questionaram o fato de
a comissão estar propondo um "convite" a Luciano Coutinho, em vez de
uma "convocação", na qual ele seria obrigado a comparecer.
Após discutirem se transformavam o convite em convocação, os deputados
decidiram manter a proposta original, que deixa a cargo do presidente do BNDES
a decisão de ir ao Legislativo prestar esclarecimento sobre as operações do
banco. Os parlamentares que defenderam a manutenção do convite alegaram que, na
semana passada, o próprio Coutinho já havia enviado à CPI um ofício se
prontificando a prestar esclarecimentos.
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